sábado, 9 de junho de 2012

A NORTE-RIOGRANDENSE CLEVANE PESSOA E SUA OPINIÃO SOBRE O ARTISTA JOÃO WERNER.


"A tela de João Werner é realmente encantadora. Nela, além do movimento natural, entre a alga na água , o vento que passa, a música a vibrar, é atemporal e livre de marcas fortes de gênero: a figura é quase qual uma "identidade da alma"- nome acertado que a poeta Dayane Timóteo,  deu a um de seus livros.  Eu dizia sempre que poeta não tem idade, tem identidade -d'alma. Pode remeter ainda à questão de chamarmos , indistintamente, no Brasil, , homens e mulheres de "poeta". Eu realmente prefiro o "poetisa", já que na língua Portuguesa, é de fato e de lei, o feminino de poeta. Certa feita, publiquei, no blog Palavreiros- que abrigou -me tão logo engatinhei para Internet, através do Jose´Geraldo Neres (palavreiros.hpg.ig.com.br/cantinhodopoetaclevanepessoa_finalidades.htm .), um poema sobre isso, a dizer que Poetisa rima com sacerdotisa (ver poema abaixo, em página de POIETISA-que remete à Poiesis grega.) As cores também, em especial as do entorno da figura humana, concedem-nos a visão da força energética a dançar e proteger a criatura que medita, ela própria uma criadora dentro da Criação Maior. A sensação de relaxamento e entrega a um encontro consigo mesmo, é claramente obtida por João Werner- que faz arte digital, que tem a sabedoria - repito sempre que posso-de permitir que suas imagens sejam utilizadas por outros criadores, o que os poetas adoraram. Mandava sempre seus trabalhos ilustrados por minhas palavras, para que mais pessoas o conhecessem e publico tudo em vários blogs. Confesso que espantei-me alegremente quando depois de certo tempo, percebi o "boom" de autores que passaram também a publicar seus constructos ilustrados por João Werner. Espero um dia visitar o estúdio desse paranaense, conversar com ele, a quem já entrevistei mas via Internet. João Werner, premiado, ativo, com quem transtextualizo um diálogo entre suas formas e cores e meus versos. Ele tramsforma o cotidino, por exemplo, a festa permanente das faixas etárias, o continuum de vida na cidade e no campo, expressa classes sociais e não teme lançar-se ao feio para obter o belo, quando o desejo. Já poetizei para sua série em cinza, para suas criações sobre os habitantes da noite- de prostitutas e boêmios a dançarinas. Certa feita impactuei-me quando ele lançou "Angelina se Mutila", sobre a bela e intrigante, generosa e passional artista Angelina Jolie, pois ela costumava cortar-se e quando vi o produto artístico, senti que era um brado, uma interrogação, um alerta para quem se automutila.E o poema brotou-me qual jorro de geiger. Então, um belo dia, João Werner solicitou-me licença para expor meu poema ao lado da cita composição, em uma de suas muitas exposições. Claro, concordei com alegria, sentindo que de alguma forma, eu estaria ao lado de sua arte, embora não presencialmente, mas através de minhas palavras poéticas e minha interpretação-de psicóloga e escritora. E, enfim , vale a pena navegar até seu locus de ser e estar, mostrar artístico.

Clevane Pessoa (*)

(*) Escritora com muitos títulos, nascida em São José de Mipibu e radicada há algumas décadas em Belo Horizonte/MG.


L I N K
http://www.joaowerner.com.br/images/mito/poeta_meditando.htm.

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